ESPIRITUALIDADE DA SEMANA SANTA

Secretariado de Espiritualidade PDDM, 2024

Domingo de Ramos

A porta de entrada na Semana Santa é a memória solene da entrada de Jesus em Jerusalém, “porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém” (Lucas 13,22]. Normalmente passamos rápido demais da procissão dos ramos ao relato da paixão. Mas é importante nos deter no mistério profundo desta epifania de Jesus que reúne todo o sentido espiritual da Semana Santa. Os relatos de Marcos Mateus e Lucas estão em sintonia entre si sobre a interpretação deste evento pascal. Neste domingo, escutamos a narrativa de

Marcos 11,1-10:

Quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo: ‘Ide até o povoado que está em frente, e logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta’.’ Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. Alguns dos que estavam ali disseram: ‘O que estais fazendo, desamarrando este jumentinho?’ Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: ‘Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!’

Multidões de peregrinos ocupam a cidade de Jerusalém na festa da Páscoa. Jesus não é um peregrino a mais, anônimo, perdido no meio da multidão. Jesus sobre a Jerusalém para cumprir o seu destino. Chega com os discípulos no limiar da cidade santa. Esta soleira  que não é apenas a fronteira de uma cidade, mas o limite de uma vida. Jesus sente e sabe que seu caminho vai em direção à morte. E quando o futuro desaparece, o olhar se volta para o que está próximo. 

Jesus, então se volta para os discípulos, envia dois deles, sem citar nome, e lhes dá responsabilidade sobre os preparativos de sua entrada solene em montaria régia. Os detalhes sobre o burrinho [7 dos 11 versículos] mostra toda a sua importância no contexto. Jesus entra na cidade como o Messias descrito pelo profeta Zacarias 9,9: rei justo e humilde, montado em um jumento emprestado [v. 3], sem tropas e sem armas, para destruir todo armamento e proclamar a paz. A participação ativa dos discípulos indica o profundo entrelaçamento entre o discipulado e a missão de paz de Jesus. Os discípulos e discípulas que subiram com Jesus a Jerusalém estão na sua escola. Um ditado rabínico afirma que “uma pessoa aprende pelos caminhos que percorre”. Os discípulos e discipulas aprendem medindo os seus próprios caminhos com os passos percorridos por Jesus.

A procissão que acompanhará esta entrada (v. 8-10) apresenta traços régios, como transparecem nos mantos espalhados pelo caminho e nas aclamações.  O povo reconhece em Jesus o Messias  como um novo Davi poderoso, conquistador, que iria devolver a Israel a soberania.  Projetam sobre Jesus a sua ideia de Messias: “Bendito seja o Reino vindouro de nosso pai Davi”. 

E no entanto, Jesus frustra esta expectativa. Jesus sempre anunciou o Reino de Deus, não de Davi. Passou a vida inteira desmontando a ideia de triunfo que imperava no povo e nos seus discípulos, fugiu daqueles que queriam fazê-lo rei (…).  Com sua “entrada em Jerusalém”, Jesus desconcerta a todos. Diante dele é preciso decidir.

E então, veremos que a maioria dos que hoje o recebem como rei, pedirão que seja crucificado. O aparente êxito de hoje, será transformado no aparente fracasso dos dias que virão. Mas em Jesus, é no extremo fracasso, que êxito será revelado. “Quando eu for exaltado atrairei todos a mim”. Martín Buber, lembra que as realidades significativas se realizam mais na profundidade do fracasso que na superficialidade do êxito. No fracasso nossa consciência fica marcada para sempre.

Neste domingo o adentrar as portas da igreja com nossos ramos, o convite que chega até nós e a toda a Igreja é o de voltar o nosso olhar, para aquele que foi levantado como a serpente foi levantada por Moisés no deserto. A liturgia da Semana Santa, como toda a liturgia da Igreja, nos coloca diante do Pai, do lugar do filho, recordando ao Pai seu amor e a sua obediência. Neste curto espaço de tempo de uma semana, que vamos nos submergir no Mistério da MORTE DO FILHO, é a partir de seus passos, e não de nossos pensamentos, que cada coisa terá um novo olhar.  O caminho que se abre é o caminho da não violência, do amor gratuito, da obediência à Palavra.  

A violência, na sua raiz mais profunda, é uma absolutização do ego. Seguir o caminho de Cristo significa aprender o caminho da mansidão, isto é, de aceitar colocar limites em nós para acolher e dar espaço ao coletivo, às grandes causas humanitárias.

Seguir o Senhor para estar com Ele, para servi-Lo, fazer um silêncio profundo sobre nossas necessidades, sobre nossos pensamentos, sobre nossos sentimentos, sobre nossas opiniões. Estar atentos aos acontecimentos sem a interferência de nosso eu, sequer para tentar compreender. Silêncio receptivo: somente a ação de Deus, seus atos, suas palavras, seu silêncio. Podemos repetir ao longo destes dias uma pequena oração “Não eu, Senhor, senão Tu”.[1] Ou como nos inspira nossa Madre Escolástica: “Só tu, e basta!” 

PARA BEM CELEBRAR O TRÍDUO PASCAL

O Tríduo Pascal não é preparação para a solenidade da Páscoa [como acontece com outros tríduos], mas é a própria celebração pascal em três dias: a sexta-feira da paixão, o sábado do seu repouso e o domingo do seu ressurgir dos mortos [segundo Santo Ambrósio][2] ou, o Sagrado Tríduo da cruz, sepultura e ressurreição [segundo Santo Agostinho][3]. A celebração da Ceia do Senhor ao anoitecer da quinta-feira com caráter de “primeiras vésperas”[4], é solene abertura do Tríduo que culmina na Vigília da noite pascal.

Toda a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II teve como finalidade devolver ao povo de Deus o acesso à liturgia, qual fonte de vida espiritual. Nesta perspectiva a celebração da Páscoa como era nas origens, volta a cada ano, como festa espiritual, realidade mística e universal. Assim sendo, não basta executar os ritos, ainda que de forma precisa, é preciso celebrar e fazer silêncio para deixar ecoar no coração o mistério proclamado na assembleia litúrgica. Além de participar das celebrações litúrgicas próprias de cada dia do Tríduo, há os ofícios comunitários, sobretudo o ofício da manhã no sábado santo. Ese propõe ainda tempo de oração pessoal como preparação e aprofundamento para os momentos comunitários.O que seguem são dicas para a oração pessoal de cada dia do tríduo.

MEMÓRIA DA ÚLTIMA CEIA DE JESUS – ABERTURA DO TRÍDUO

Memória da última Ceia de Jesus

O que celebramos:

Nesta noite repetimos em memória da Páscoa de Jesus, os gestos da sua última ceia que estrutura a Liturgia eucarística; “tomou o pão, deu graças, partiu e passou aos seus”. Com esta celebração retomamos o verdadeiro sentido da eucaristia. O simples gesto de passar ao outro um pedaço de pão é um gesto despojado de poder que aponta para uma espiritualidade da mesa, baseada na gratuidade e no serviço  fraterno [cf. padre Adroaldo]. Eis o gesto de Jesus na noite da em que foi entregue, tendo à mesa Judas, aquele que o iria entregar.

Para a Oração pessoal

Depois da celebração celebra-se o ofício da “Vigilância com Jesus” na capela da reposição fazendo memória da passagem de Jesus, da Ceia à Cruz. Esta oração comunitária pode ser prolongada pessoalmente, repassando no coração a Palavra e meditando em silêncio:

a) Ler pausadamente e com toda a atenção, o texto da segunda leitura 1Coríntios 11,23-26 [relato mais antigo da última ceia de Jesus]. Ler também o evangelho de João 13,1-15. 

b)  Rezar no coração o salmo 116 da liturgia da Palavra da missa ou o salmo 130 indicado no Ofício da vigilância com sua antífona:

Pai, se este cálice não pode passar sem que eu beba,

seja feita a tua vontade.

1. Das profundezas, Senhor clamo a ti: / escuta a minha voz!

Atento se façam teus ouvidos / ao clamor da minha prece.

2 Se reténs os pecados, Senhor, / quem poderá subsistir?

Mas em ti se encontra o perdão: / eu temo e espero.

3. No Senhor ponho a minha esperança / e na sua palavra

espera a minh’alma o Senhor / mais que os guardas pela aurora.

4. No Senhor está toda a graça, / copiosa redenção,

ele vem resgatar Israel / de toda iniquidade.

5. Glória ao Deus presente em toda a terra / que Jesus manifestou,

ao Espírito de Deus amor materno, / toda graça e todo amor.

c) Ficar em silêncio, repetindo no coração alguma palavra, deixando que os sentimentos de Jesus habite o coração.

 A GRANDE SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – Primeiro dia do Tríduo

O que celebramos:

A Sexta-Feira da Paixão, em que pese a dimensão de dor tão curtida pela piedade popular, na perspectiva bíblica, sobretudo do Evangelho de João, é “Paixão gloriosa”, celebra, pois, o Amor Maior, que se manifestará vencedor na madrugada da Ressurreição. Ao fazer memória da bem-aventurada paixão do Senhor, a Igreja comemora o seu próprio nascimento do lado de Cristo na cruz (cf. PCFP, 58). A leitura da paixão segundo João é a parte mais importante da celebração deste dia. Exalta a vitória do Cristo o servo sofredor anunciado por Isaías 52,13-53,12 que fez da sua vida uma oferenda de amor até o fim (Hebreus 4,14-16;5,6-7).

Para a Oração pessoal

a) Os Ofícios da manhã e do meio-dia celebrados na igreja despojada [não na capela da reposição] e a solene celebração da tarde em si já oferecem uma experiência contemplativa do Mistério celebrado neste dia.

b) Esta contemplação pode ser prolongada depois de cada celebração, repassando no coração a Palavra e meditando em silêncio.

3) Em algum momento do dia, ler com calma, o texto que segue sobre o sentido espiritual deste grande dia em seu duplo mistério:[5]

 […]. A Igreja primitiva chamava a este dia “A Páscoa da Cruz,” porque ele é de fato o começo desta Páscoa ou Passagem cujo sentido nos será revelado progressivamente; primeiro na paz do grande e santo Sabbat, depois na alegria do dia da Ressurreição.

Mas antes, as trevas. Se ao menos pudéssemos compreender que as trevas da Sexta-feira Santa não são puramente simbólicas e comemorativas! É muito frequentemente com o sentimento de nossa própria justiça e de nossa própria integridade que contemplamos a tristeza solene destes ofícios. Há dois mil anos, sim, homens “maus” mataram o Cristo, mas hoje nós — o bom povo cristão — levantamos suntuosos túmulos em nossas igrejas; não é esta a prova da nossa justiça? E, no entanto, a Sexta-feira Santa não concerne somente ao passado. É o dia do Pecado, o dia do Mal, o dia no qual a Igreja nos ensina a aprender a terrível realidade do pecado e seu poder no mundo. Pois o pecado e o mal não desapareceram: ao contrário, permanecem a lei fundamental do mundo e de nossa vida. Nós que nos dizemos cristãos não entramos frequentemente nesta lógica do mal que conduziu o Sinédrio e Pilatos, os soldados romanos e toda a multidão a detestar, torturar e matar o Cristo? De que lado nós teríamos ficado se tivéssemos vivido em Jerusalém no tempo de Pilatos? Esta é a pergunta que nos é feita por cada uma das palavras do ofício de Sexta-feira Santa. É de fato “o dia deste mundo,” de sua condenação real e não somente simbólica, e do julgamento real e não somente ritual, de nossa vida. . . É a revelação da verdadeira natureza do mundo que preferiu então e continua a preferir as trevas à luz, o pecado ao bem, a morte à vida. E condenando o Cristo à morte “este mundo” condenou-se a si mesmo à morte, e na medida em que aceitamos seu espírito, seu pecado e sua traição a Deus, estamos também condenados. . . Este é o primeiro significado, terrivelmente realista, da Sexta-feira Santa: uma condenação à morte…

No entanto, este dia do Mal cuja manifestação e triunfo estão em seu paroxismo, é também o dia da Redenção. A morte do Cristo nos é revelada como uma morte salvífica para nós e para nossa salvação. […] O Cristo dá sua morte a seu Pai e no-la dá também. Ele a dá a seu Pai porque não há outro meio de destruí-la e libertar a humanidade dela; ora, é a vontade do Pai que os homens sejam salvos da morte. O Cristo nos dá sua morte porque na verdade é em nosso lugar que Ele morre. A morte é o fruto natural do pecado, um castigo iminente. O homem escolheu não mais estar em comunhão com Deus, porém como ele não tem a vida nele mesmo e por ele mesmo, morre. Em Jesus Cristo, entretanto, não há pecado, logo não há morte. É somente por amor a nós que ele aceita morrer; Ele quer assumir e compartilhar de nossa condição humana até o fim. […] Sua morte é então a revelação suprema de sua compaixão e de seu amor. […] A condenação é transformada em perdão.

[…] E enquanto o Cristo avança silenciosamente para a Cruz e para seu fim, quando a tragédia humana está em seu apogeu, seu triunfo, sua vitória sobre o mal e sua glorificação, aparecem progressivamente em luz plena. A cada passo esta vitória é reconhecida, confessada, proclamada: pela mulher de Pilatos, por José, pelo bom ladrão, pelo centurião. Quando ele morre na cruz, tendo aceito o supremo horror da morte, a solidão absoluta (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?)” não resta senão confessar: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus!” Assim esta morte, este amor e esta obediência, esta plenitude de vida destroem aquilo que faz da morte o destino universal. “E os túmulos foram abertos” (Mt 27:52). Já aparecem os primeiros clarões da Ressurreição…

Este é o duplo mistério desta grande Sexta-feira; os ofícios deste dia nô-lo mostram e nos fazem participar dele. De um lado, eles insistem constantemente sobre a Paixão do Cristo enquanto pecado de todos os pecados, crime de todos os crimes. […] Por outro lado, encontramos desde o começo do ofício o segundo aspecto do mistério deste dia: o do sacrifício de amor que prepara a vitória final. […]

SÁBADO SANTOSegundo dia do Tríduo

O que celebramos:

– No Sábado Santo, “a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e morte, a sua descida à mansão dos mortos, e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição” (PS 73); ela abstém-se absolutamente do sacrifício da Missa, o altar foi desnudado (Missal Romano). O foco é a sepultura do Senhor, certificação de sua morte, pertencente à forma mais antiga da fé: ‘Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras’ (1Cor 15,3-4). Na liturgia ressoa o convite: “Cristo por nós padeceu, morreu e foi sepultado: vinde todos, adoremos!”

Para a Oração pessoal

O sábado santo é o segundo dia do tríduo, carrega em si um aspecto fundamental do mistério pascal do Senhor. Mesmo tendo de cuidar dos preparativos da grande vigília na noite pascal, é importante é importante consagrar algum momento à oração comunitária e pessoal. A Liturgia das Horas e a sua versão inculturada, o Ofício Divino das Comunidades, oferecem as orações para esse segundo dia do Tríduo.   A insistência é que se celebre com o povo o Ofício de Leituras na madrugadinha e a Oração da manhã  [ou ofício da manhã e do meio dia].  Tais ofícios celebrados na igreja despojada [não na capela da reposição] oferecem um ambiente contemplativo de vigilância, como as mulheres portadoras dos perfumes [miróforas] à espera da madrugada.

a) Esta contemplação pode ser prolongada depois de cada ofício, repassando no coração a Palavra e fazendo silêncio em atitude de vigilância.

b) Além disso é importante reservar um tempo pessoal em algum momento do dia, para a oração silenciosa e para a leitura espiritual. Sugerimos os seguintes textos: Os relatos evangélicos referentes aos sepultamento de Jesus: João  19,38-42 e  Lucas 23,50-56 [ver também Mateus 27,56-61 e ; Marcos 15,42-47].

c) Textos sobre o sentido espiritual do sábado santo:

Alexandre Schmémann, Olivier Clément [padres da Igreja Oriental]:

O ‘grande e santo Sabbat’ é o dia que liga a Sexta-Feira santa, à comemoração da Cruz, ao dia da Ressurreição. Para muitos, a verdadeira natureza e o sentido desta ligação, a necessidade real deste dia intermediário, permanece obscura. Para a grande maioria daqueles que vão à igreja, os dias “importantes” da grande semana são a Sexta-feira e o Domingo, a Cruz e a Ressurreição. Estes dois dias, entretanto, ficam de alguma forma distintos. Há um dia de tristeza e depois um dia de alegria. Nesta sucessão, a tristeza é simplesmente substituída pela alegria. Mas segundo o ensinamento da Igreja, expresso na sua tradição litúrgica, a natureza desta sucessão não é uma simples substituição. A Igreja proclama que o Cristo “venceu a morte pela morte”; isto quer dizer que, antes mesmo da ressurreição, coloca-se um acontecimento no qual a tristeza não é simplesmente substituída pela alegria, mas ela própria é transformada em alegria. O grande Sábado é precisamente este dia de transformação, o dia em que a vitória germina de dentro mesmo da derrota, uma vez que antes da ressurreição nos é dado contemplar a morte da própria morte. . . E tudo isso é expresso – mais ainda, tudo isso é realmente atualizado – a cada ano, neste maravilhoso ofício matinal, na comemoração litúrgica que se torna para nós um “presente” salvador e transformador.

Bento XVI [2/5/2010]:

O Sábado Santo é aquele intervalo único e irrepetível na história da humanidade e do universo em que Deus, em Jesus Cristo, compartilhou não só nosso morrer, mas também nosso permanecer na morte. A solidariedade mais radical. Todos temos sentido alguma vez uma sensação espantosa de abandono. Isto é o que mais tememos da morte. Como os meninos, nos dá medo ficarmos sozinhos na escuridão. Só a presença de uma pessoa que nos ama nos dá segurança. Pois bem, isto é o que ocorreu no Sábado Santo: no reino da morte ressoou a voz de Deus. Aconteceu o inimaginável: que o Amor penetrou “nos infernos”: na obscuridade extrema da solidão humana mais absoluta. Também nós podemos escutar a voz que nos chama e a mão que nos toma e nos tira para fora. O ser humano vive porque é amado e pode amar. E se no espaço da morte penetrou o amor, então chegou ali a vida. Na hora da extrema solidão, nunca estaremos sozinhos.

Padre Adroaldo Palaoro:

O silêncio de Deus deve ser respeitado, pois a Deus lhe dói a morte de seus fiéis (Sl. 116,15): o Pai não estará fazendo luto por seu Filho e por suas criaturas? Não será que o silêncio do Sábado Santo supõe o direito de Deus se calar? Quê Deus não tem direito de guardar silêncio? Quem somos nós para exigir de Deus que nos esteja falando continuamente? Se não oramos a partir desse silêncio, é porque ainda não mergulhamos no mistério do Amor compassivo. […] O Pai está de luto; toda a natureza, em silêncio, acolhe a semente do Corpo do Verbo, na esperança de germinar Vida plena. O Sábado Santo, portanto, não é o mutismo de Deus, mas seu Silêncio, ou seja, a ação oculta de Deus estendida no tempo; morte e ressurreição são simultâneas no presente de Deus, mas no acontecer humano só podem ser sucessivas.

Antiga Homilia no grande Sábado Santo [(s. IV), lido do ofício das leituras]:

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado. […]

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.

O DOMINGO DA RESSURREIÇÃOTerceiro dia do Tríduo

Domingo da Páscoa na Ressurreição, “máxima solenidade do ano litúrgico” (PSL, 148).

  1. A primeira celebração deste domingo maior é a Vigília Pascal,Mãe de todas as Vigílias da Igreja.

O que celebramos: Nesta NOITE os nossos pais e mães passaram pelas águas do Mar Vermelho livres da escravidão. Foi nesta noite que Jesus rompeu o inferno, e tornou para nós o novo Adão e a própria noite, e tão só ela, soube a hora em que Cristo ressurgiu da morte. Nesta noite, também nós passamos pelas águas batismais da Páscoa e renovamos o que professamos.

Para a oração pessoal – Lectio das leituras da Liturgia da Palavra[6]

a) Ler com atenção cada uma das 7 leituras, liturgia diária, ou no missal. Prestar atenção nas palavras que chamam a nossa atenção…

b) Ler a oração, buscando perceber a conexão que esta faz da leitura com o batismo

c) Por último ler a leitura da carta aos Romanos e o relato da ressurreição segundo Marcos

1ª Leitura de  Gn 1,1-2,2; ou 1,1.26-31 – sobre a criação

Oração: Deus eterno e todo-poderoso,que dispondes de modo admirável todas as vossas obras, dai aos que forem resgatados pelo vosso Filho a graça de compreender que o sacrifício do Cristo, nossa Páscoa, na plenitude dos tempos, ultrapassa em grandeza a criação do mundo realizada no princípio. Por Cristo, nosso Senhor.

2ª  Leitura de Gn 22,1-18 sobre o sacrifício de Abraão

Oração: Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.

3ª  Leitura de Ex 14,15-15,1 sobre a passagem do mar Vermelho

Oração: Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição de Faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo. Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor.

4ª Leitura de Is 54,5-14 sobre a nova Jerusalém:

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já se realizou em grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por Cristo nosso Senhor.

5ª  Leitura de Is 55,1-11 sobre a “salvação oferecida a todos gratuitamente”

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, única esperança do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam. Aumentai o fervor do vosso povo, pois nenhum dos vossos filhos conseguirá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.

6ª Leitura de Br 3,9-15.31-4,4 sobre “a fonte da sabedoria”

Oração: Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais chamando todos os povos ao Evangelho, guardai sob a vossa proteção os que purificastes na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.

7ª Leitura de Ez 36,16-28 – sobre “um coração novo e um espírito novo”:

Oração: Ó Deus, força imutável e luz inextinguível, olhai com bondade o mistério de toda a vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da paz a obra da salvação que concebestes desde a eternidade. Que o mundo todo veja e reconheça que levanta o que estava caído, que o velho se torna novo e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é princípio de todas as coisas. Por Cristo, nosso Senhor.

 Leitura de Rm 6,3-11 o  nosso batismo na morte de Cristo

9. Evangelho de Marcos 16,1-7

A segunda celebração é a do dia da ressurreição,

O que celebramos:

O domingo da ressurreição é celebrado com grande solenidade (PS 97) o dia que o Senhor fez para nós.

Para a oração pessoal:

a) Fazer a Leitura orante do evangelho de João 20,1-18: não só a trecho indicado para este dia [1-10], mas até o versículo 18, que inclui o encontro com Madalena, a discípula amada.

b) Em algum momento do dia, ler com calma, o texto que segue sobre o sentido espiritual deste grande:

Alexandre Schmémann, Olivier Clément [padres da Igreja Oriental]:

Na Páscoa os esponsais são consumados. No Ressuscitado é a humanidade inteira, e o cosmos, que se acham secretamente recriados, transfigurados. Em sua hipóstase divina, portanto perfeita, e pela qual nada de exterior pode existir, o Cristo, através de uma comunhão sem limites, assume todo ser criado e o arrebata em sua ressurreição. […]

Em Cristo sempre vivo e presente no Espírito, cada um de nós morre e ressuscita: “Ontem, eu estava enterrado contigo, ó Cristo; hoje eu acordo contigo, ó Ressuscitado; Salvador, glorifica-me contigo em teu Reino.” A Ressurreição tem um alcance cósmico pois o corpo engloba secretamente o cosmos inteiro. Por isso o universo é chamado a rejubilar-se após ter tremido de um horror sagrado diante da Paixão e do enterro de seu Criador. “Que todo o universo esteja em festa, toda a terra… pois ele ressuscitou, o Cristo, alegria eterna.”

[…] Doravante a vida e a luz nos chegam mesmo pela morte e por todas as situações de morte de nossa existência se as “configuramos” na fé na cruz do Cristo sobre a qual ele venceu a morte. Por isso o mártir é o mais elevado estado místico do cristianismo. […] Não somente a morte está repleta de luz, como também o inferno: “Agora tudo está repleto de luz: o céu, a terra e o inferno.” Deus é tudo em todos. A apocatastase (a salvação universal) é oferecida à humanidade.

Não é, pois, de se impressionar que esses textos tenham fortes ressonâncias escatológicas: a luz da Páscoa é a mesma da Parusia. A Páscoa já é o Oitavo dia em que se inaugura a luz sem declínio. É o “dia do Senhor,” no sentido escatológico de que se reveste esta expressão na Bíblia: “É agora o dia insigne e santo, único nas semanas, o rei e o Senhor dos dias, a festa das festas.” […] O mundo só existe através das existências pessoais: sua transfiguração escatológica, inaugurada em Cristo, deve ser decifrada, assumida, reinventada e difundida pela comunhão dos santos, até que ela tenha atingido seu “pleroma,” conforme uma medida que não é a da história “objetiva,” mas a de Deus.

No Espírito Santo, a luz pascal, vida do Ressuscitado, nos é comunicada pela eucaristia que constitui a Igreja, que a funda sobre o “mistério pascal”: “Vinde, neste dia da Ressurreição, comungar o fruto novo da vinha, a alegria divina, a realeza do Cristo.” Uma vez que a eucaristia nos incorpora ao Ressuscitado, nós podemos, pouco a pouco, por uma ascese de vigilância, nos acordarmos para nossa ressurreição no Ressuscitado, de modo que nós contemplamos conscientemente nossa reunião com ele. […] “Vigiemos até o final do dia; em lugar da mirra, ofereçamos um hino ao Senhor e nós veremos o Cristo, Sol de Justiça, fazer brotar a vida para todos.”


[1] Padre Enrique Bikkesbakke (www.ecclesia.com.br)

[2] Epistula 23, 13. (séc IV)

[3] Epistula 55,24.

[4]Ao longo da Idade Média, em consequência da decadência de toda a liturgia da Igreja, o tríduo pascal passou por tal deformação que o domingo da páscoa já não contava como parte do Tríduo [considerado como tal a quinta, a sexta e o sábado]. O sábado da sepultura desapareceu do horizonte espiritual da Igreja e tomou o lugar do domingo, denominado “Sábado de Aleluia”. Por isso, o papa Pio XII (1876-1958), incentivado pelo movimento litúrgico propôs Reforma da Vigília pascal [1951] a da semana santa [1955]. Entre outras coisas estabeleceu a hora da missa vespertina da ceia do Senhor [não antes das 17 horas] bem como a hora da vigília, de preferência depois da meia noite de sábado para o domingo. Com isto se restabelecia os dias do tríduo pascal: sexta da paixão, sábado da sepultura e domingo da Ressurreição, com seu solene início na noite da quinta [que na contagem da liturgia já pertence ao dia seguinte]. O dia da Quinta-feira santa, portanto, pertente à quaresma, não ao tríduo.

[5] Alexandre Schmémann, Olivier Clément – www.ecclesia.com.br

[6] Este texto foi proposto por padre. Domingos Ormonde, fev 2019

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100 ANOS DE VIDA E MISSÃO: PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

No dia 10 de fevereiro de 2024, memória Litúrgica de Santa Escolástica, as Pias Discípulas do Divino Mestre celebraram o Centenário de Fundação. São 100 anos de história, presentes em 27 nações, espalhadas nos cinco continentes.

Este dia foi de festa e alegria em todas as comunidades das Discípulas. No Brasil, foi escolhida a Diocese de Campo Limpo, a Catedral Santuário Sagrada Família para a Celebração Eucarística porque é a sede da província. Presidiu a celebração Dom Valdir José de Castro, ssp e esteve presente também o bispo de Jundiaí, Dom Arnaldo Carvalheiro Neto. Temos uma comunidade numerosa na Paróquia Jesus Nazaré, em Jacaré, Cabreúva/SP e foi muito significativa e marcante a presença de Dom Arnaldo conosco neste dia. Além dos bispos, participaram membros da Família Paulina: Paulinos, Filhas de São Paulo, Pastorinhas, Apostolinas e Cooperadores Paulinos; e outros amigos e amigas na missão.

As Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, fundadas pelo Padre Tiago Alberione, em Alba, Itália, em 10 de fevereiro de 1924, é a terceira fundação que compõe a Família Paulina. O nome, Pias Discípulas do Divino Mestre, sinaliza a nossa identidade carismática, centrada em Jesus Cristo Mestre Caminho, Verdade e Vida. Este dia é marcante porque no dia 10 de fevereiro de 1924, memória de Santa Escolástica, padre Alberione escolheu Úrsula e Metilde, duas jovens do grupo das Filhas de São Paulo, para o início da nova fundação. No dia 25 de março do mesmo ano, festa da Anunciação, este grupo era de oito jovens. Neste dia, faz sua manifestação oficial com o hábito religioso e a profissão dos votos. Recebem um nome novo e Úrsula torna-se Irmã Escolástica da Divina Providência.

No mesmo dia, Irmã Escolástica inicia aquele que será o seu trabalho principal: a Adoração Eucarística e o viver como irmã e mãe ao lado dos Sacerdotes e Discípulos da Sociedade São Paulo. Desde estes inícios, Madre Escolástica Rivata passa a ser a colaboradora em Cristo com Padre Alberione, para a realização do carisma das Pias Discípulas do Divino Mestre. Com vinte e oito anos é a responsável pela nova família que surge e, a partir deste momento, pode-se ler a história de Escolástica somente seguindo passo a passo o caminho das Pias Discípulas.

Damos graças ao Pai por sua fidelidade em nossa vida e missão nestes 100 anos, nas pegadas de Jesus, como as mulheres do Evangelho.

Este vídeo foi feito pela Ir. Kelly de Oliveira, pddm, e conta um pouco desta grande história. Foi passado na celebração do dia 10/02/2024, na Catedral Santuário Sagrada Família.
Celebração Eucarística – 10/02/2024

JUBILEU DA VIDA CONSAGRADA: 50 E 60 ANOS DAS NOSSAS IRMÃS

Sinal concreto desta fidelidade de Deus é o jubileu de 60 e 50 anos de nossas Irmãs.

Nesta celebração dos 100 anos, nos alegramos também com nossas Irmãs:

60 anos de vida religiosa:

Ir. Marcelina [Genita] Callegari nasceu em 12 de março de 1942, em Vargem Alta/ES. Ingressou na Congregação em abril de 1961 e fez a sua primeira profissão religiosa em 25 de março de 1964. Viveu sua vida de Discípula em São Paulo; Caxias do Sul; no Rio de Janeiro; Curitiba; Morungaba; Caracas na Venezuela. Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Cabreúva/SP.

• Louvem a Javé no céu (…) Montes e colinas todas, árvores frutíferas e cedros todos, feras e animais domésticos, répteis e pássaros que voam. Sl 148, 1.9-10.

Ir. M. Tecla [Laci] Marqueti nasceu no dia 14 de julho de 1941, em Alfredo Chaves/ES. Ingressou na Congregação em abril de 1961 e fez a sua primeira profissão no dia 25 de março de 1964. Viveu a vida de Discípula nas comunidades de São Paulo; Rio de Janeiro; Caxias do Sul/RS e Santiago do Chile.  Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Cabreúva/SP.

• ‘’… o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo’’. Lc 1,49.

50 anos de vida religiosa:

Ir. M. Luciana [Clara] Tonon nasceu, em Vista Alegre do Prata/RS, no dia 31 de julho de 1953. Ingressou na Congregação em julho de 1965 e fez a sua primeira profissão no dia 19 de março de 1974. Viveu a missão das Discípulas em São Paulo, na Raposo Tavares e no Pacaembu; Caxias do Sul; Curitiba; Brasília; Porto Alegre, Morungaba e Cabreúva. Em breve fará parte da comunidade Irmã Modesta, em Codajás, no Amazonas.

• A vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Gl 2,20

Ir. M. Luzia Frigeri nasceu no dia 15 de novembro 1950. Entrou em Congregação em novembro de 1968 e fez sua primeira profissão no dia 25 de janeiro de 1975. Viveu a missão das Discípulas nas comunidades de São Paulo na Raposo Tavares e Caxingui; Rio de Janeiro; Caxias do Sul; Brasília; Cabreúva, Codajás no Amazonas. Atualmente faz parte da comunidade Divino Mestre, em Belo Horizonte/MG.

Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede. Jo 4,15

Ir. Marinez Cantelli nasceu no dia 14 de novembro de 1953 em Videira/SC. Ingressou na congregação, em janeiro de 1968 e fez a Profissão Religiosa no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a missão de Discípula em São Paulo na Raposo Tavares, Vila Mariana, Jardim Sapupemba e em Osasco; Curitiba; Porto Alegre; Salvador; Recife e Balsas no Maranhão. Atualmente faz missão em Manaus.

 Bendito seja Deus, antes da criação do mundo ele nos escolheu em Cristo, para o louvor de sua glória, Ef 1

Ir. Maria da Glória Thomaz nasceu no dia 03 de fevereiro de 1952. Ingressou na Congregação em junho de 1969 e fez sua primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a Missão das Discipulas, nas Comunidades, de São Paulo; Rio de Janeiro; Brasília; Curitiba; Caxias do Sul. Atualmente vive na comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.

O senhor vai acendendo luzes, quando vamos precisando delas. Pe. Tiago Alberione.

Ir. Maria da Penha Carpanedo nasceu no dia 18 de novembro de 1953. Ingressou na congregação em dezembro de 1969 e fez sua primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a missão das Discipulas, em São Paulo, na Raposo Tavares, no Pacaembu, na Liberdade, e vida Mariana. Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Belo Horizonte/MG.

De um profundo lamaçal ele tirou-me, pôs meus pés sobre um rochedo, onde eu me firmo”. Sl 40,1

Ir. M. Oliva Sfredo nasceu em Vista Alegre do Prata/RS, no dia 11 de abril de 1954. Ingressou na Congregação em janeiro de 1966 e fez a primeira profissão em Roma, onde também fez o noviciado, no dia 6 de agosto de 1974. Viveu sua vida de Discípula em São Paulo, nas comunidades da Raposo Tavares e Pacaembu. Atualmente mora na comunidade Nazaré, em Cabreúva/SP.

Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, por meio de Cristo, nos abençoou com todo tipo de bençãos espirituais…  Ef.1,3.

Ir. M. Ozília Ardisson, Nasceu em 3 de dezembro de 1947, em Linhares/ES. Entrou na congregação em novembro de 1969. Fez a Primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. nas comunidades de São Paulo; Brasília; Porto Alegre; Caxias do Sul; Taguatinga; Salvador; Olinda; em Buenos Aires, Argentina e Caracas na Venezuela.

•  Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. Lc 1,38

Ir. M. Pierangela [Ilida] Dalla Riva, nasceu no dia 14 de setembro de 1945, em Aratiba/RS. Ingressou na Congregação em março de 1971. Emitiu a sua primeira profissão em 10 de fevereiro de 1974. Viveu nas comunidades em São Paulo na Raposo Tavares e Osasco; Caxias do Sul; Rio de Janeiro, Porto Alegre; Olinda; Taguatinga/DF. Atualmente mora na comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.

Tudo na alegria do “Faça-se?” de Maria. Seguindo Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida dom total a Deus e às pessoas no Serviço: Eucarístico, Sacerdotal e Litúrgico na Igreja.

Ir. Terezinha Lubiana, nasceu em Governador Lindenberg/ES, no dia 22 de setembro de 1952. Ingressou na Congregação em maio de 1069 e fez a primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu como Discipulas do Divino Mestre nas comunidades: São Paulo na Raposo Tavares, Pacaembu, Liberdade e Cabreúva; Rio de Janeiro; Curitiba; Caxias do Sul. Atualmente está na Comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.

Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Jo10,11.

Ir. M. Inez Morigi e Ir. Marcela Fabian são brasileiras e fazem parte do grupo das jubilandas de 50 anos de vida religiosa, mas são missionárias na Itália. Nesta celebração, também as recordamos.

Crédito das fotos: PASCOM CAMPO LIMPO

PRIMEIRA PROFISSÃO RELIGIOSA DA NOVIÇA KAINÃ BARBOSA

No dia 11 de fevereiro de 2024, 6º Domingo do Tempo Comum, celebramos a memória pascal do Ressuscitado, que se manifesta na cura do leproso e no serviço amoroso de tanta gente que se reveste de compaixão no cuidado com as pessoas doentes e fragilizadas da vida. E justamente no coração deste mistério de Deus que se compadece do seu povo, que a nossa querida noviça Kainã assumiu de modo mais profundo o seu batismo, fazendo a sua primeira profissão nas Pias Discípulas do Divino Mestre.

Kainã, nasceu no dia 24 de setembro do ano 2000, em Santa Luzia do Buiuçuzinho, comunidade ribeirinha de Coari, Amazonas, onde viveu até os 6 anos. Ela é filha de Joelza e Marivaldo que puderam participar da celebração em São Paulo. É irmã mais velha de Kauane e Kauã.

Kainã aprendeu as primeiras orações com Damares, sua avó paterna, e, com 9 anos, teve o primeiro contato com a Catequese, na comunidade Menino Deus, em Coari. Nesta comunidade, participando da pastoral da juventude, fez experiência de um profundo encontro com Jesus que marcou a sua vida. 

Em 2013, conheceu Ir. Letícia Pontini e se encantou com a missão das Discípulas, na ocasião da missa de envio de Neideane Alves. Desde então, passou a frequentar a comunidade de Manaus, conviveu com as irmãs Cidinha Batista, Graça Silva, Marinez Cantelli e com a jovem Bianca Oliveira. Depois de cinco anos de acompanhamento vocacional, ingressou na congregação, em fevereiro de 2019. No ano seguinte, no dia 2 de fevereiro passou para a etapa do postulado e em março de 2022, ingressou no noviciado. Ela testemunha o quanto estes anos foram de trabalho pessoal e de busca que iluminaram o seu caminho no seguimento do Mestre, e como foi importante as descobertas que fez sobre o carisma da Congregação, sobretudo o seu encantamento pela liturgia.

Presidiu a celebração eucarística o Pe. João B.de Almeida, CRsR, que foi também o seu pároco na época dos primeiros contatos vocacionais. Também o Pe. Valdivino, atual pároco da sua comunidade de origem, concelebrou esta Eucaristia. A Missa aconteceu na capela da Casa Provincial, na presença da Ir. Cidinha Batista, provincial; a mestra das noviças, Ir. Luciana Tonon; demais Irmãs Pias discípulas; Família Paulina e amigos e amigas.

Kainã, você é muito bem-vinda entre nós. E que a sua jornada no seguimento de Jesus, na missão confiada a nós, seja de profunda alegria e generosa entrega.

Veja alguns vídeos feitos durante a celebração:

PROFISSÃO PERPÉTUA DE IR. M. NEIDEANE, PDDM

A celebração da Profissão Perpétua da nossa Ir. M. Neideane Alves Monteiro aconteceu no dia 09 de fevereiro de 2024, na Igreja de Jesus Mestre, Portuense, em Roma. A missa ocorreu às 09h30 (horário de Roma) e 05h30 (horário de Brasília) e 04h30 (horário de Manaus e Coari).

Ir. M. Neideane nasceu em 19 de janeiro de 1992, na cidade de Coari/AM. Filha de do sr. Nazaré (em memória) e da sra. Lucinda, é a oitava irmã de nove irmãos. Ir. M. Neideane ingressou na Congregação em 20/08/2013, na Comunidade Rainha dos Apóstolos, Vila Mariana/SP. A sua primeira profissão foi em 10/02/2018, em Caxias do Sul/RS.

Ir. M. Neideane junto com outras 7 irmãs emitiram os votos perpétuos na Congregação Pias Discípulas do Divino Mestre. Elas se encontraram em Roma desde fevereiro de 2023 para preparação aos votos perpétuos. É uma experiência formativa regular, organizada pelo governo geral e tem como objetivo intensificar a formação imediata para a profissão perpétua em nível internacional: em comunhão com as irmãs, acompanhadas pessoalmente em uma jornada de assimilação e confronto com a Regra de Vida, em peregrinação aos lugares de fundação. Neste ano do centenário da fundação e em um conhecimento mais profundo dos valores da vida consagrada de acordo com a experiência espiritual de Padre Tiago Alberione e Madre Escolástica Rivata.

O grupo das Irmãs que fizeram a profissão perpétua são: Ir. M. Claire Dipama, de Burkinabe; Ir.M.Theresa Kholuru, da India; Ir. M. Scholastique Kanguvu Luvudi, do Congo; Ir. M. Velencia Munis, da India; Ir. M. Christelle Mupese Apa, do Congo; Ir. M. Pauline Muteba Bembeleza, do Congo; Ir. M. Alphonsine Parimba Bobika, do Congo; e Ir. M. Neideane, brasileira.

Estiveram presentes na celebração Ir. M. Veronice Fernandes, formadora da etapa do juniorato e Ir. M. Laíde Sonda, ambas brasileiras que participaram do Congresso Sinodal “La voce della Donna nei Ministeri della Chiesa. Un Dialogo Sinodale”. Também as brasileiras missionárias, residentes na Itália: Ir. Marcela Fabian, Ir. M. Dilza Pacheco, Ir. Ana Maria Mazzurana e Ir. M. Lidia N. Awoki.

Bendizemos a Deus pelo Dom da vocação e do chamado a vida consagrada. Rezemos pela fidelidade e perseverança dessas 8 irmãs neoprofessas.

EIS-ME AQUI, SENHOR!

“Eis-me aqui, Senhor!”. Esta afirmação continua a ressoar na vida da Igreja que acolhe jovens para a profissão dos votos de castidade, pobreza e obediência.

Nossa congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, no ano em que completamos 100 anos de fundação, temos a imensa alegria de partilhar a boa notícia da primeira profissão religiosa de Kainã Barbosa da Silva e da profissão perpétua de Ir. Neideane Alves Monteiro. Duas jovens Amazonenses, da mesma cidade (Coari) e da mesma paróquia Sant’ Ana e São Sebastião.

A noviça Kainã fará a sua primeira profissão no dia 11 de fevereiro de 2024, em São Paulo. Ir. M. Neideane A. Monteiro fará sua profissão perpétua em Roma, no dia 09 de fevereiro de 2024. Contamos com a oração de todos e todas para essas duas jovens que optaram em seguir Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida.

A celebração eucarística que a Ir. M. Neideane fará sua profissão perpétua será transmitida neste canal: https://www.youtube.com/@discepolapddm/ O link ainda não está disponibilizado, mas será neste canal.

Benza a Deus pelo chamado! Benza a Deus pelo dom da vocação à vida religiosa consagrada, como Discípula do Divino Mestre!

Convite para a Profissão Perpétua de Ir. M. Neideiane Alves Monteiro, pddm
Convite da Profissão Perpétua de Ir. M. Neideane Alves Monteiro, pddm.
Convite da Primeira Profissão Perpétua da Noviça Kainã Barbosa da Silva, pddm
Convite da Primeira Profissão Religiosa da Noviça Kainã Barbosa da Silva, pddm

NOMEADA NOVAS CONSELHEIRAS PROVINCIAIS PARA O TRIÊNIO 2023-2026

Após a consultação de todas as Irmãs, a Madre Geral, Ir. M. Bernardita Meraz Sotelo e seu Conselho nomearam as seguintes irmãs para o conselho provincial das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre para o triênio 2023-2026:

Ir. M. Kelly Silva de Oliveira

Ir. M. Letícia Pontini

Ir. M. Ana Patrícia Reinaldo de Oliveira

Ir. Vera Maria Galvan

Abaixo as fotos das irmãs na sequência acima.

Pias Discípulas

Dentre as Irmãs Conselheiras nomeadas, a Provincial, após ouvir o parecer de seu Conselho, escolherá uma delas como Vigária (RV art.112). Isto também se procederá para a escolha dos ofícios de secretária e ecônoma provincial.

Invocamos de Deus a sabedora para este novo Governo Provincial das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre. Que as Irmãs Conselheiras, sejam iluminadas na missão que o Divino Mestre lhes confia e tenham a certeza da proteção de nosso Fundador e de nossa Madre Escolástica. No dia 17 de novembro de 2023, foi nomeada a Ir. Aparecida Batista como a nova provincial.

NOMEADA NOVA PROVINCIAL DAS PIAS DISCÍPULAS NO BRASIL

Através do prot. n. 468/2023, a Madre Geral, Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo e Irmãs do Conselho Geral, comunicaram a todas as Irmãs da Província do Brasil a nomeação de ir. M. Aparecida Batista como provincial, para o triênio 2024-2026.

Ir. Cidinha e outras irmãs pddm
Foto: Irmãs brasileiras presentes no 10º Capítulo Geral.

Ir. Bernardita ainda escreveu:

Agradeço ao Divino Mestre pela fé e disponibilidade de nossa Ir. M. Aparecida Batista, que aceitou com confiança este ministério de acompanhar a vida e a missão de cada Pia Discípula da Província do Brasil.

 Peço a todas vocês, Irmãs, a disponibilidade para uma colaboração responsável e sororal, para que, com a coragem e a audácia de anunciar Jesus Mestre, a estrela que brilha, sejam presença do rosto amoroso e fiel do Pai na Igreja, através da nossa presença no Povo de Deus peregrino no Brasil.

 Desejo que vocês percorram os caminhos do encontro e da comunhão no espírito do 10º Capítulo Geral: na interculturalidade, no discernimento, na formação permanente e na beleza da missão hoje.

 Unidas entre nós e envolvendo os Cooperadores Paulinos, levemos o óleo que cura e perfuma, alivia as feridas, devolve a beleza e a dignidade a cada pessoa.

Confio à Maria, Nossa Senhora Aparecida e Mãe do Advento, o caminho destes três anos que a Ir. M. Aparecida com as próximas Irmãs Conselheiras percorrerão com fé e alegria, cumprindo o serviço que Deus lhes confia.

 Entrego também nossa Irmã Ir. M. Aparecida e as próximas conselheiras provinciais à Sabedoria de Deus, na certeza de que Ele continuará sua obra, e as saúdo com carinho e gratidão.

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Agradecemos a Deus pelo sim generoso da nossa querida ir. Cidinha Batista. Atualmente ela estava, há 12 anos, na missão no Amazonas. Deverá seguir para o seu novo ministério, em janeiro de 2024, para São Paulo, onde é a sede e casa provincial.

A Província segue as consultações para a indicação das conselheiras. São quatro irmãs que irão compor o Governo Provincial e assumirão a organização das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre nos próximos 3 anos.

Ir. Maria Aparecida Batista nasceu em Presidente Bernardes/SP. É a filha mais velha do casal Carlos e Francisca. Ela tem 3 irmãos e 4 irmãs. Ir. Cidinha, como é carinhosamente conhecida, entrou na Congregação em 1980 e fez a sua primeira profissão em outubro de 1985. São 38 anos de vida religiosa.

Ir. Cidinha é formada em Letras e possui especialização em Música e Liturgia. Em 2008, fez o Curso do Carisma da Família Paulina, em Roma/Itália. Neste ano de 2023, participou do 10º Capítulo Geral como Irmã Delegada da Província do Brasil.

Há 12 anos, residia em Manaus/AM e assumia a missão litúrgica no regional Norte, junto com outras Irmãs. Além disto, era referência para os Cooperadores Paulinos Amigos do Divino Mestre e para a Pastoral Vocacional.

Nós estamos contentes com o sim generoso da nossa Irmã Cidinha. Agradecemos à ir. Marilez Furlanetto e Conselheiras pelo trabalho realizado até agora na administração e animação das Pias Discípulas no Brasil.

SOLENIDADE DE JESUS MESTRE E PASTOR, CAMINHO, VERDADE E VIDA 2023

No último Domingo de outubro, como Família Paulina, celebramos Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida, fonte de toda a nossa espiritualidade.

A Solenidade de Jesus Mestre foi marcada pela oração nas comunidades. Fomos convidadas, na Oração de Vésperas, realizar um tríduo em preparação para este grande dia. Na maioria das regiões, a celebração ocorreu no dia 28/10/2023, sábado.

A nossa espiritualidade de Discípulas do Divino Mestre está centrada em Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida. Esta mesma devoção foi dada pelo Pe. Tiago Alberione a toda Família Paulina. Jesus é a razão essencial da nossa vida e da nossa missão apostólica a serviço da Eucaristia, do Sacerdócio e da Liturgia.

Seguindo o itinerário do ano litúrgico, alimentamos o nosso ser e a nossa ação na escuta da palavra do Mestre Divino. Ele ensina a verdade que proporciona trilhar o caminho de Deus com fidelidade (Mc 12,14). Portanto, Jesus garante que se permanecemos nele e em suas palavras produziremos muitos frutos (Jo 15,7-8). Assim, colaboramos para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10).

Com a liturgia do 30º Domingo do Tempo Comum, a Família Paulina foi convidada a ouvir a pergunta do fariseu. Segundo Mateus 22,34-40, “os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo. Um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: ‘Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’ Jesus respondeu: ‘`Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

O Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp, provincial dos Padres e Irmãos Paulinos, na sua homilia na Paróquia Santo Inácio e São Paulo Apóstolo, salientou o desejo e carinho do Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione pela devoção a Jesus Mestre.

E prosseguiu:

A devoção a Jesus Mestre não coloca em evidência uma parte de Jesus. Não que eu esteja me desfazendo das outra devoções. Pelo contrário, é uma devoção que olha o todo do Senhor Jesus como Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida. Assim, quando reconhecemos Jesus como Mestre, nós nos tornamos seus alunos, seus discípulos. E desejamos aprender Dele tudo.

Algumas características deste “magistério” de Jesus: no evangelho de hoje, vemos e ouvimos os fariseus apresentando uma visão dúbia, com intenção maliciosa. A primeira coisa que podemos apontar é que, no tempo de Jesus, Ele apresentava o Evangelho com verdadeira autoridade e poder. Portanto, Jesus não estava preocupado com aparências. Longe disto, Ele criticava esta atitude. Ele deseja que a nossa santidade e justiça venha do fundo do coração e venha do empenho profundo do seguimento.

Tudo que Jesus apresenta é fruto de profunda união com o Pai pela oração. Nós também não devemos dar ênfase às aparências. Devemos aprender de Jesus esta verdadeira autoridade. Jesus era misericordioso e atendo às necessidades das pessoas. Ele olhava para as multidões e sabia a necessidades dela.

A escola de Jesus não é teórica. É a escola onde aprendemos a servir e cuidar uns dos outros. É isto que desejamos uns aos outros: servir e amar sem reservas, tomando a nossa cruz de cada dia”.

A Festa de Jesus Mestre , em São Paulo, foi realizada na Igreja Santo Inácio e São Paulo Apóstolo, Vila Mariana/SP, no dia 28 de outubro, sábado, às 16h. Abaixo disponibilizamos as fotos também das celebrações ocorridas nas comunidades das Pias Discípulas de Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ, Olinda/PE, Caxias do Sul/RS e Manaus/AM.

As celebrações nos diversos estados do Brasil onde a Família Paulina foi marcada pela comunhão e fraternidade. Em São Paulo, a Solenidade de Jesus Mestre foi marcada pelo Encontro Vocacional da Congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, que aconteceu de 27 a 29 de outubro. Os vocacionados vieram para a celebração. Participaram os seguintes jovens: Marcos Vinicius (Sergipe); Vinicius Gabriel (Minas Gerais); Luan Antônio (São Paulo); Ronaldo Pereira (Rio Grande do Sul); Diego Almeida (Paraíba); Miguel Prevelato (São Paulo); Ueslei Cruz (São Paulo); Tiago Soares (Manaus); Alecsander Gonçalves (São Paulo).

Também, neste dia, agradecemos a Deus pelo ingresso nos Cooperadores Paulinos Amigos do Divino Mestre de mais cinco membros que fizeram as promessas: Mirlei Correa de Souza e Ednalva Maria de Melo Silva (Manaus); Jussara Ursulina Vasconcelos de Brito (São Paulo); e Luiz Fernando Domingos de Medeiros e Maria Aparecida Menezes da Costa (Rio de Janeiro).

Ao final da celebração em São Paulo, o pe. Claudiano deu a palavra para Ir. Marilez Furlanetto, provincial das Pias Discípulas no Brasil. Ela iniciou falando da Jussara, cooperadora paulina, que havia feito as promessas, como esta vocação da família que se alimenta da nossa espiritualidade para seguir o discipulado de Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida. A Jussara é filha de Ivete e Antônio, que já são Cooperadores Paulinos. É uma família que é próxima da espiritualidade paulina desde a Raposo Tavares, primeira comunidade e casa das Discípulas no Brasil. Por isto, as promessas da Jussara foram ainda mais emocionantes pelo caminho feito em família centrada no espírito de Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida.

Ir. Marilez, pddm, agradeceu ao pe. Claudiano, ssp, que presidiu a celebração, ao Pe. Danilo, ssp, pároco da Paróquia Santo Inácio e São Paulo Apóstolo e a todos os paroquianos que acolheram a Família Paulina.

Recordou também a fala do Bem-Aventurado Tiago Alberione: “configuremo-nos a Cristo, até chegarmos à perfeição a que somos chamados”.

E continuou:

Jesus nos faz sempre mais seus e suas discípulas. E Alberione tinha esta certeza e nos apresentou Jesus, o Divino Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida.

Nesta alegria compartilhamos o itinerário para a celebração do Centenário da Congregação que será no dia 10 de fevereiro de 2024. O que nos impulsiona neste período de preparação ao Jubileu é estarmos como as mulheres do Evangelho, nos passos de Jesus. Como Madalena, com seu testemunho, que nos diz: “Eu vi o Senhor!”.

Se vimos o Senhor, nos colocamos a caminho e testemunhamos com a Igreja, com os Amigos (Amigos do Divino Mestre), com a Família Paulina, com todos os que seguem esta escola do Divino Mestre, que há uma beleza neste encontro com Jesus. Mas também que há um envio. Por isto, afirmamos: “A beleza do encontro e a alegria do mandado deste projeto de Deus”.   

Assim, somos todos convidados a sermos discípulos missionários de Jesus. Parabéns para todos nós, aos jovens (presentes para o encontro vocacional dos paulinos) que temos a coragem de escolhermos o caminho de Jesus.

Que sejamos abençoados e que possamos contar sempre com a bondade e fidelidade de Deus nas nossas vidas, na nossa história, na história da Congregação e da Família Paulina. Obrigada a todos por esta participação nesta bela celebração”.

Na celebração de São Paulo, estavam presentes os Padres e irmãos Paulinos, as Irmãs Filhas de São Paulo, Irmãs Pastorinhas, Irmãs Apostolinas, Cooperadores Paulinos e Institutos Paulinos.

Após a celebração, houve uma pequena confraternização organizada pelas Pias Discípulas para celebrar o encontro entre família e a Solenidade de Jesus Mestre.

COMUNIDADES DE SÃO PAULO COM A FAMÍLIA PAULINA:

Festa de Jesus Mestre e Pastor

COMUNIDADE DIVINO MESTRE, BRASÍLIA/DF:

COMUNIDADE CRISTO REDENTOR, RIO DE JANEIRO/RJ:

COMUNIDADE DIVINO MESTRE, MANAUS/AM:

COMUNIDADE DIVINO MESTRE, OLINDA/PE:

COMUNIDADE DIVINO MESTRE, CAXIAS DO SUL/RS:

ENCONTRO ONLINE

No domingo, dia 29 de outubro, como todos os anos, a Província brasileira das Pias Discípulas do Divino Mestre se reuniu online para partilhar a vida. Neste ano, especialmente fomos motivadas, no espírito de comunhão, memória e gratidão, mergulharmos na preparação para a Celebração do Centenário da nossa fundação.

Por isso, a Equipe de Criação propôs que durante o mês de outubro cada Irmã buscasse, “nos seus tesouros”, fotografias, cartas, vídeos, escritos – ou mesmo alguma memória que queira deixar registrada – da sua caminhada na Congregação. O objetivo é fazer, para a festa do Centenário, uma exposição virtual com o material coletado.

Durante a live online, feita pelo Meet, as Irmãs e Cooperadores foram divididos em grupos para partilhar as belezas do caminho feito até agora e a projeção para os próximos 100 anos. Foi uma tarde leve e descontraída.

Ao final do dia, celebramos, cada uma na sua comunidade, o Ofício de Vésperas, terminando as festividades de Jesus Mestre.

Com o bem-aventurado Tiago Alberione invocamos Jesus Mestre: Ó Jesus, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero. Ó Jesus verdade, que eu seja luz do mundo. Ó Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós. (Livro de orações da Família Paulina, p.186).

Invocações a Jesus Mestre

Jesus Mestre, santificai a minha mente e aumentai a minha fé.

Jesus, Mestre na Igreja, atraí todos à vossa escola.

Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.

Ó Jesus, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.

Ó Jesus, caminho da santidade, fazei que eu seja vosso fiel seguidor.

Ó Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está no céu.

Ó Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.

Ó Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.

Ó Jesus vida, fazei-me viver eternamente na alegria de vosso amor.

Ó Jesus verdade, que eu seja luz do mundo.

Ó Jesus caminho, que eu seja exemplo e modelo para as pessoas.

Ó Jesus vida, que minha presença leve em toda parte graça e consolação.

Acompanhe a Celebração Eucarística do dia da Solenidade de Jesus Mestre:

Outras informações sobre o CENTENÁRIO DA CONGREGAÇÃO DAS PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE:

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

De 23 a 28 de outubro de 2023, em Cabreúva/SP, de modo presencial e remoto, aconteceu os Exercícios Espirituais acompanhados por Ir. M. Veronice Fernandes.

O tema dos exercícios foi: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só; mas se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24). E o subtema: “Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, cem anos de vida, uma experiência pascal”.

Com um grupo de 16 irmãs, Ir. Veronice Fernandes propôs fazer uma “leitura e contemplação da nossa história de Discipulas do Divino Mestre”, iluminada pela Palavra de Deus, ou seja, um caminho à luz da vida de Jesus Cristo, modelo e centro da nossa consagração religiosa.

No itinerário proposta as Irmãs deixaram-se interpelar pela Palavra de Deus, pela palavra da Igreja, do magistério, do Fundador, de Timóteo Giaccardo, de Madre Escolástica, etc., e abriram espaço para que Deus continue a escrever a história de salvação através das nossas histórias.

As participantes concluíram os “exercícios” muito agradecidas pela oportunidade de fazer uma leitura espiritual da nossa história e ficaram fortalecidas, reanimadas e revigoradas pela oportunidade de “revisitar” a história numa dimensão orante e mistagógica. Contemplar a entrega incondicional de Madre Escolástica, do Beato Tiago Alberione e do Beato Timóteo Giaccardo e de tantas Irmãs da primeira hora faz renovar a vocação de Discípula e anima a viver em Cristo e na Igreja com solidez.

CERIMÔNIA DOS 50 ANOS DA REVISTA DE LITURGIA

Durante a 35ª Semana Nacional de Liturgia, que aconteceu em Itaici/SP, de 16 a 20 de outubro de 2023, a Revista de Liturgia realizou um evento de celebração do seu Centenário. São 50 anos de uma revista dedicada à liturgia: 50 anos de publicação ininterrupta – 1973 a 2023. A Revista de Liturgia é uma edição em português da revista La Vita in Cristo e nella Chiesa, edição italiana, que ano passado, completou 70 anos de existência. É um elemento da missão litúrgica das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre.

No dia 18 de outubro de 2023, com o coração agradecido e junto com todos os participantes da 35ª Semana Nacional de Liturgia, o evento comemorativo contou com a presença de Ir. Emmanuela Viviano, diretora da revista italiana. Este evento marcou a história da revista.

História da Revista de Liturgia

Em 1973, as Discípulas do Divino Mestre, estavam no Brasil fazia apenas 17 anos. Participavam com muito interesse dos programas eclesiais, tanto no âmbito da formação como no da pastoral litúrgica, num momento de fervorosa recepção da Concilio Vaticano II, 10 anos depois da promulgação da Constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium, sob o impulso da II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellin [1968]. Foi neste contexto que surgiu a iniciativa de editar uma revista de liturgia. Tratava-se da edição brasileira da revista italiana com o mesmo título traduzido: A vida em Cristo e na Igreja, com o subtítulo “Revista de Liturgia”, o qual, em 1989, passou a ser, efetivamente, o seu título.

A revista nasceu totalmente inserida no programa da Pastoral Litúrgica da Igreja do Brasil, disposição que, desde o início, ditou a sua opção editorial que chega aos seus 50 anos em dezembro deste ano, com 300 edições, publicadas ininterruptamente, recolhendo o que há de melhor da produção teológica, do nosso país. Desta forma a Revista de Liturgia tem sido porta-voz do processo de renovação litúrgica, tornando-se referência de estudo da liturgia, tanto no nível acadêmico como no âmbito pastoral das equipes de liturgia. É sempre a Igreja a nos desafiar para o exercício do nosso ministério carismático que Padre Tiago Alberione nos confiou e nos encorajou a realizar como “membros vivos e operantes”. A Ele dedicamos a alegria e a gratidão deste jubileu. A edição de n. 300, última deste ano, vai trazer um relato mais abrangente desta história fiquem ligadas.

REVISTA DE LITURGIA

A Revista de Liturgia é de edição bimestral. Se pode adquirir as edições de forma impressa e também de forma digital. Abaixo, indicamos os links para assinatura da revista. O site da Revista de Liturgia é www.revistadeliturgia.com.br. O telefone de contato é (11) 3257-2510 ou 97530-9827 e o e-mail: [email protected]

Desde o início teve a sua marca: matérias inéditas, a partir e em função da pastoral litúrgica das nossas comunidades eclesiais, de autores brasileiros ou que estivessem inseridos na Igreja do Brasil. Acompanhou o processo de renovação litúrgica, aliando-se ao trabalho da CNBB, de fazer valer no Brasil, a liturgia conforme o movimento litúrgico que culminou no Concílio Vaticano II, e que teve seus desdobramentos nas Conferências latino americanas e caribenhas, de Medellín a Aparecida.

Com a Revista de Liturgia, as Pias Discípulas do Divino Mestre entendem colocar em prática o que receberam como carisma do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione: “Ser membros vivos e operantes na Igreja, contribuindo com o testemunho e o ministério, para que o povo de Deus viva a Liturgia como fonte de espiritualidade e cume de toda a vida cristã”. Apesar dos ventos contrários, a Revista de Liturgia tem se mantido fiel no caminho proposto pelo movimento litúrgico do século XX, vencendo dificuldades e se colocando a serviço.

Abaixo o vídeo da celebração:

https://revistadeliturgia.com.br/produto/assinatura-anual-digital/

Algumas fotos da cerimônia de 50 anos da Revista de Liturgia: