1. Aprofundando os textos bíblicos: 2Reis 4,42- 44; Salmo 145(144); Efésios 4,1-6; João 6,1-15

A multiplicação dos pães foi uma tradição importante para as comunidades primitivas, acolhida nos quatro evangelhos (Mt 14,13-21; 15,32-39; Mc 6,30-44; 8,1-10; Lc 9,10-17; Jo 6,1-15). Ocupa o centro nos sete sinais e revela Jesus como o Enviado do Pai, que alimenta o povo e ensina a viver a partilha solidária. A multidão seguia Jesus, motivada pelas curas. A Páscoa,
festa mencionada três vezes em João (2,13; 6,4; 11,55), adquire novo significado em Jesus, o Cordeiro de Deus (1,29). Jesus subiu à montanha e sentou-se como Mestre, para oferecer um novo ensinamento por meio do sinal do pão. Erguendo os olhos, viu a multidão que vinha a ele e se preocupou como alimentar tanta gente. Ensina a organizar o povo e a compartilhar cinco pães e dois peixes, para que aconteça o milagre da solidariedade. Os “cinco pães e dois peixes”, alusão possível à Torá
ou Pentateuco, Profetas e Escritos, ou seja, a toda a Escritura plenificada em Jesus. Os gestos de Jesus ao tomar os pães, dar graças e distribuir prefiguram a Eucaristia, memorial de sua vida doada para alimentar a todos. Ficaram saciados e ainda recolheram doze cestos, abundância que caracteriza a presença do Reino de Deus em Jesus e nos apóstolos continuadores da missão (Mc 3,14). O povo reconhece Jesus como o Profeta prometido (Dt 18,15-18) e quer proclamá-lo rei. Jesus se afasta,
pois sua realeza não é de um libertador nacional e será revelada na sua entrega (18,33-37). O profeta Eliseu, diante da fome na região (2Rs 4,38), ordena a partilhar os pães das primícias, guiado pela palavra do Senhor: Comerão e ainda sobrará. O salmo realça a presença do Deus dos pobres, que alimenta e está próximo de todos os que clamam por ele. A leitura aos Efésios mostra que levar uma vida digna da vocação à qual somos chamados empenha a guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, a comunhão na diversidade.

2. A palavra na vida
Compartilhar com Cristo, o Pão da Palavra e da Eucaristia, implica ver as necessidades dos irmãos privados de pão, justiça, esperança, e ser mais generosos e solidários.

3. A palavra na celebração
Nesta celebração fazendo memória do mistério pascal de Cristo, o Pai nos sacia, entregando seu próprio Filho da mesa da Palavra e da Eucaristia.

 

Texto:

Ir. Neusa Bresiani é discípula do Divino Mestre, tem especialização em liturgia, é membro da Rede Celebra e
contribui no serviço da formação litúrgica nas comunidades.
Ir. Helena Ghiggi é discípula do Divino Mestre, mestra em Bíblia e assessora cursos de formação bíblica.


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